segunda-feira, 13 de novembro de 2017

FORAGIDO: Justica determina prisão de Lúcio Genésio, irmão do prefeito de Pinheiro, após espancar a ex-esposa

A Justiça decretou a prisão preventiva de Lúcio André Genésio, acusado de agredir e tentar atropelar a ex-companheira, a advogada Ludmila Rosa da Silva, com quem tem um filho de um ano. Lúcio Genésio é irmão de Luciano Genésio, prefeito do município de Pinheiro, na Baixada Maranhense.

O pedido de prisão foi protocolado pelo Ministério Público, pela promotora Bianka Sekkef Sallem Rocha, e atendido pelo juiz Clésio Coelho Cunha, que esteve de plantão no Tribunal de Justiça nesse fim de semana.
A Justiça também pediu que a Corregedoria investigue o  delegado de polícia civil Válber Braga, responsável por arbitrar uma fiança de pouco mais de R$ 4 mil ao agressor, por meio da qual ele foi solto horas depois de prestar esclarecimentos à polícia.
Ludmila Ribeiro revelou, em declaração ao Ministério Público, que já havia sido agredida diversas vezes pelo ex-companheiro. Veja abaixo as marcas das agressões no rosto da vítima.

Em trecho da fundamentação do MP, o órgão afirma que o pagamento de fiança não poderia ter sido feito, uma vez que o autuado – Lúcio Genésio – já responde por outro crime de violência doméstica na Comarca de Pinheiro.
O juiz Clésio Cunha, que deferiu o pedido de prisão preventiva, afirmou, ainda, que é impossível a concessão de fiança quando houver motivos para que a prisão preventiva seja decretada.
MA10 contactou a Secretaria de Segurança Pública sobre a conduta do delegado.
Em nota, a Secretaria de Estado de Segurança Pública (SSP) informa que determinou a imediata apuração do caso pela Corregedoria Geral do Sistema de Segurança Pública. E ressaltou, também, que o episódio continua sendo investigado pela  Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (DEAM).
ENTENDA O CASO
De acordo com a declaração da vítima ao MP, Ludmila saiu para jantar com Lúcio na noite em que foi espancada. A princípio, os dois iriam se reconciliar, mas a noite terminou com violência e tentativa de atropelamento.
O casal jantava em um restaurante na Lagoa da Jansen, quando Lúcio pediu a conta e disse que levaria a vítima para a casa onde ela mora, na Cohama. Com ciúmes, o suspeito ordenou que Ludmila lhe entregasse o celular, onde ele acreditava que ela teria conversas amorosas com outros homens.
Durante o caminho para casa, Ludmila sofreu seguidas agressões físicas, que lhe renderam hematomas e um olho roxo. Ela foi expulsa do carro a chutes e teve seu celular quebrado.



O suspeito teria, ainda, tentado atropelar a vítima, mas foi detido por vizinhos, que ouviram os gritos de socorro da vítima e  impediram o agressor de fugir até a chegada da polícia.
O caso foi registrado no Plantão do Cohatrac na madrugada desse domingo (12). Lúcio André pagou fiança de R$ 4.685 e vai responder em liberdade pelo crime de violência doméstica.
O Alvará de Soltura foi concedido pelo Delegado Válber do Socorro Andrade Braga.
VIOLÊNCIA
Esta não é a primeira vez que Lúcio André é acusado de espancar a companheira. Em janeiro de 2016, um boletim de ocorrência registrado pela mesma vítima, a advogada Ludmila Rosa Ribeiro da Silva, apontava que Lúcio havia realizado outras agressões físicas graves. Na época, Ludmila estava grávida havia alguns meses, mas a gravidez não impediu a violência.
Na ocasião, a Polícia Militar do município de Pinheiro conduziu o agressor até a delegacia. No entanto, depois de algumas horas preso, Lúcio pagou fiança e novamente foi solto.
O número 180 da Central de Atendimento à Mulher é o canal criado para receber denúncias e orientar mulheres vítimas de violência.

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